AUMENTAM OS CRIMES VIOLENTOS EM PIRACICABA

17/11/2015 17:58

ÍNDICE DE CRIMES DE TRÁFICO, ROUBOS EM RESIDÊNCIAS, SEQUESTROS COM VÍTIMA FATAL E HOMICÍDIOS CRESCE ASSUSTADORAMENTE NA CIDADE SEDE DO COMANDO DE POLICIAMENTO DO INTERIOR NOVE.

A POLÍCIA TERIA PERDIDO O CONTROLE?

CHÁCARAS JÁ NÃO SÃO SEGURAS PARA MORAR...

A nossa cidade de Piracicaba, a 150 Km da capital, com cerca de 400 mil habitantes vive uma grave crise na segurança pública com a crescente onda de crimes violentos, que preocupam os moradores. Crimes de sequestro com resultado morte também aumentaram exponencialmente. A sociedade pede socorro.

Não se sabe ao certo o que causou a grave crise de segurança pela qual passamos, mas podemos facilmente identificar algumas medidas dos comandantes da PM que contribuíram significativamente para seu fortalecimento:

  •  Fechamento das bases comunitárias da PM;
  •  Fechamento dos canais de comunicação entre os policiais de rua e a população que atendem;
  •  Rompimento de relações com os CONSEGs;
  •  Distanciamento dos elaboradores das rotinas preventivas da PM da realidade social do município e região
  •  Vinda para a cidade de comandantes que não moram aqui e não conhecem a sociedade local;
  •  Perdas sucessivas de pessoal empregado pelos comandantes em funções burocráticas e em atividades que distanciam de sua função constitucional;
  •  Elaboração de policiamento sem consulta à população.

A APPMARESP vem acompanhando ao longo dos anos, a sensível perda da qualidade na prestação de serviço da polícia no município, não em razão de seus operários, os patrulheiros, mas dos responsáveis pela elaboração do policiamento, que cada vez mais perde qualidade a alcance.

Recentemente, em uma entrevista para o jornal gazeta de Piracicaba, o comandante da PM, após firmar um convênio com a prefeitura para a PM fazer o trabalho da Semuttran de graça, ou seja, com prejuízo tanto para os policiais quanto para a segurança pública, declarou que o número de homicídios em Piracicaba era pequeno, apenas 37 pessoas, e que no trânsito haviam morrido mais , ou seja, 54 pessoas. Essa matemática é burra ou presunçosa, mesmo para quem não entende de polícia. Um coronel dizer que trinta e sete pais de família, filhos, pessoas da sociedade serem brutalmente assassinadas é aceitável ou relevante, chega a ser absurdo.

A sociedade não quer mortos. Independente de serem três ou trinta e sete. Quer segurança e quer ficar viva. Retirar os policiais do policiamento pra fazer multas em carros estacionados, uma vez que as multas de semáforo já são realizadas na cidade automaticamente, através de câmeras em diversos pontos das principais ruas e avenidas, é, no mínimo, uma insensatez desse coronel.

Procuramos o coronel Figueiredo e o coronel Félix, mas ambos se recusam a discutir o problema conosco, sendo que um mandou a ordenança avisar que tinha saído, estando em sua sala, e o outro pediu que informassem na recepção que estava muito ocupado, a semana inteira e não tinha agenda para nós.

Temos recebido uma série de pedidos de cidadãos assustados com a quantidade exorbitante de roubos na zona rural e prometemos tentar um entendimento com os comandantes, mas ao que parece, não querem resolver o problema. Só se esconderem das responsabilidades.

Levaremos o assunto ao conhecimento do secretário de segurança pública de São Paulo, bem como as constantes recusas dos comandantes em tratar de assunto tão grave e urgente. Qual o compromisso que eles têm que pode ser mais urgente do que a segurança da população? Aliás, qual o compromisso que eles têm? Ninguém sabe... ninguém os vê, senão fazendo campanha política por seus próprios interesses corporativos.

Outro requerimento que faremos é para que enviem rondas da ROTA, como no ano passado, a fim de darem uma resposta à altura das necessidades da população piracicabana, que está refém da bandidagem, enquanto os policiais de rua são obrigados por seus comandantes a fazerem o trabalho de outras secretarias.

Departamento de jornalismo - APPMARESP